-
A 22, 23 de outubro entrámos em escorpião como nos ensinam os mestres astrólogos. Sentimos na pele, no corpo, nas emoções, a energia forte e avassaladora de transformação e mudança a erguer-se.
Em outubro, no outono, a luz das estrelas pleiades ergue-se, celebrando e honrando a energia da morte. As sete irmãs, sete estrelas estão ligadas à morte, perda e luto e trazem conforto aos que estão de luto.
Trazem cura e conexão associada à construção de comunidades saudáveis, ao viver da terra de uma forma harmoniosa, criando uma sensação de pertença e amor.
31 de outubro foi o dia de recordar os que partiram, os mortos (não se tema o termo), e o Halloween importado dos EUA, corresponde ao festival celta Shamain.
E neste contexto energético e pleno de simbolismo reunimos em Treewindbee, a quinta e o projeto que sonhámos e a que damos corpo, alma e coração.
Um grupo de mulheres a fazerem trabalho terapêutico, energético, de alma profundo, corajosas são estas deusas que me acompanham a mim e à Sandra, que comigo também sonhou (co-sonhou) e vai dando corpo a este projeto. São horas e horas de dedicação para concretizar o que parece simples mas a nossa alma diz que vale a pena.
Destemidas estas mulheres, partilhando por palavras e gestos, o que são e o que as move, expondo as feridas, narrando as histórias.
Já é noite escura deste dia de chuva e vento, em que a tempestade é o cenário perfeito para tudo o que queremos transmutar. Atravessamos o campo da quinta entre a casa mãe e a pequena cabana de pinho em que nos sentimos num útero materno de acolhimento. Levamos na mão lanternas de telemóveis como os gnomos das histórias de encantar transportando os seus lampiões dos caminhos entre as suas casas e as grutas de pedras preciosas.
Entre mantinhas e velas e mimos para os sentidos sentimos o que se transforma, o que se consegue dizer pela primeira vez, e fica um aconchego bom de que tinhamos uma memória distante.
Agradecemos a vida e os dons a pais, avós e todos os antepassados, honramos as suas vidas, perdoamos os seus erros, se possível ou nesse sentido caminhamos, cortamos velhos padrões que não queremos para nós.
Comments